quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Operação Ópera (Codenome: Babilônia ou Ofra, Hebraico: אופרה)


Operação Ópera (Codenome: Babilônia ou OfraHebraico: אופרה)

Os israelenses já haviam tentado de tudo para evitar que o Iraque construísse uma bomba atômica. Primeiro fizeram pressão diplomática para que a França desistisse da idéia de vender um reator e urânio enriquecido a Bagdá. Em seguida tentaram obter ajuda americana para convencer os franceses a suspender as exportações. Quando todas as tentativas diplomáticas falharam, seus agentes secretos trataram, em abril de 1979, de explodir o reator francês, encaixotado e pronto para ser embarcado para Bagdá. Apesar de perder cerca de 11 milhões de dólares e três anos de produção no atentado, o Iraque não desistiu. Cerca de um ano depois da explosão, pessoas ligadas ao programa nuclear franco-iraquiano foram mortas misteriosamente. No verão de 1980, Yahia-al-Mehad, um egípcio responsável pelo programa nuclear iraquiano, foi encontrado morto a pauladas em seu quarto de hotel parisiense. Um mês mais tarde, uma série de explosões fez tremer a sede da empresa italiana SNIA Techint, justamente a que estava envolvida com o programa nuclear iraquiano. E, no mesmo dia, uma tentativa de assassinar técnicos franceses falhou.Apesar de nunca ter sido provado que o serviço secreto israelense havia sido responsável por todos aqueles atentados, a lógica apontava naquela direção. No entanto, o Governo iraquiano não se rendia aos reveses e a cada tropeço causado pelo Mossad, levantava-se e continuava trabalhando com determinação para conseguir sua usina atômica.No final da década de 70, a cerca de 15 quilômetros a oeste de Bagdá, no fértil vale entre o rio Tigre e Eufrates, começava a se erguer a usina de Osirak.

Em novembro de 1979, os israelenses começaram a considerar a opção aérea como um meio eficaz de destruir os planos atômicos iraquianos. No entanto, os cerca de l.000 quilômetros separanvam Israel de Bagdá pareciam fazer do reator de Osirak um alvo distante demais. Além da distância, outros fatores faziam com que o empreendimento parecesse arriscado demais até mesmo para uma força aérea que detinha uma vasta coleção de "missões impossíveis". Tecnicamente o Iraque estava em estado de guerra com Israel desde 1948, o que eliminava qualquer espécie de entrave diplomático ao ataque. O Iraque dispunha de um exército de grande porte e uma força aérea que se aproximava dos 600 aviões de combate, muitos de última geração, só não possuía a arma decisiva, que muitos acreditavem já fazer parte do arsenal israelense, a bomba atômica. Com tal armamento na mão, os iraquianos poderiam, na melhor das hipóteses, enfrentar o inimigo sem se preocuparem com a ameaça nuclear. Na pior delas, poderiam utilizar a bomba atômica para atacar alvos urbanos, varrendo o país do mapa. Afinal, Israel, de norte a sul e de leste a oeste, é menor do que Sergipe, o menor estado brasileiro. Um único ataque nuclear teria a capacidade de destruir todas as bases aéreas do país! No entanto, um ataque aéreo contra um alvo nuclear resultaria sem dúvida alguma numa inundação atômica da cidade de Bagdá, capaz de matar centenas de milhares de pessoas. Se os israelenses realmente quisessem destruir o reator de Osirak, teriam pouco tempo para fazê-lo, uma vez que logo os iraquianos iniciariam as operações.
No verão de 1980, o serviço secreto israelense informou ao governo que a usina de Osirak entraria em operação entre julho e setembro do ano seguinte. O Governo israelense sabia que teria que agir logo e marcou o ataque para novembro. Em setembro, o Iraque cancelou os acordos que assinara com o Ira delineando a fronteira entre os dois países no estuário de Shatt-al-Arab, e iniciou-se a Guerra Irã-Iraque. No dia 30, dois caça-bombardeiros McDonnell Douglas F-4E Phantom da Força Aérea Iraniana atacaram a usina de Osirak com bombas, foguetes e tiros de canhão. As bombas caíram, porém, em edifícios próximos e os estragos foram mínimos.

McDonnell Douglas F-4E Phantom da Força Aérea Iraniana.


O reide iraniano só serviria para aumentar a capacidade de defesa antiaérea iraquiana em volta da usina e a melhoria nas defesas concretas do complexo, que incluíam paredes e muros mais grossos, além de grandes barreiras de areia. Com a escalada da guerra, os esforços iraquianos na usina deveriam sofrer atrasos, e uma vez confirmada essa informação por sua inteligência, os israelenses suspenderam a data do ataque. Mas a força aérea não cessou os treinamentos. Quando a guerra se estabilizou, em fevereiro de 1981, os técnicos franceses e italianos que haviam sido retirados às pressas da zona de conflito retomaram para retomar o trabalho na usina. Por mais três vezes, o Governo de Israel marcou e postergou o ataque. Finalmente foi marcada a data de 10 de maio, mas após fortes pressões para aguardar o resultado das eleições francesas que poderiam eleger François Mitterrand - veementemente contrário ao programa nuclear iraquiano - no lugar do então presidente, Valery Giscard D'Estaing, e já com os seus aviões de motores ligados na cabeceira, chegaram ordens para um novo cancelamento da missão. Mitterand venceu as eleições e a França não tardou a declarar que não exportaria mais tecnologia nuclear como fizera para Bagdá, mas que os acordos firmados anteriormente seriam honrados. A notícia não era o que o Governo israelense esperava, e a decisão de agir de uma vez por todas foi finalmente tomada. Todas as outras alternativas haviam falhado. O ataque seria no domingo, 7 de junho.


O Plano

A Força Aérea Israelense trabalha com um programa contínuo de contingências. O ataque ao reator iraquiano de Osirak começou a ser analisado muito antes de se esgotarem as tentativas diplomáticas de cancelar o programa. A primeira e óbvia pergunta era qual das aeronaves da frota seria utilizada?
Os principais aviões de ataque da Força Aérea Israelense naquela época eram os McDonnell Douglas A-4 Skyhawk e os Israel Aircraft Industries KFIR. Nenhum dos dois, no entanto, possuía o alcance necessário para chegar até o Iraque, completar a missão e voltar para casa. Além disso, os radares e visores de bombardeio que possuíam já estavam ultrapassados para uma missão que precisava ser cirúrgica. 

McDonnell Douglas A-4 Skyhawk Israelense

IAI Kfir Israelense.

McDonnell Douglas F-4E Phantom Israelense.


De imediato foram eliminados. Sobravam o McDonnell Douglas F-4E Phantom, o McDonnell Douglas F-15 Eagle e o General Dynamics F-16 Fighting Falcon, que acabara de chegar a Israel e cujos pilotos já estavam há meses voando na Base Aérea de Hill, em Utah. A princípio considerou-se o Phantom, uma aeronave que há muito vinha carregando nas costas a Força Aérea Israelense, responsável pela maioria das missões de ataque estratégico desde a Guerra do Yom Kippur. No entanto, o Phantom era famoso por consumir combustível em excesso, só conseguindo completar a missão com a ajuda de reabastecimento em vôo. Além disso, é um caça bombardeiro biplace no qual o piloto conduz o avião e o navegador opera os sistemas. Caso um ou mais desses aviões fossem abatidos sobre o alvo, dobraria o número de aviadores israelenses mortos ou capturados, mas, se fossem utilizadas bombas inteligentes, o Phantom seria a aeronave ideal, pois seus sistemas de armas haviam sido modernizados de modo a dar ao avião excepcional precisão de lançamento. No entanto, a Força Aérea decidiu usar bombas "burras" e realizar o bombardeio da forma mais simples e convencional possível a fim de reduzir a chance de erro. Uma vez escolhidas as bombas, o Phantom deixou de ser a melhor opção. Sobravam o F-15 e o F-16.

General Dynamics F-16A Block 5 Peace Marble I "Suffa" ISRAELENSE DO 117 ESQUADRÃO NÚMERO 107 (SN 78-0311 CN 6V-4)

O McDonnell Douglas F-15 Eagle estava incorporado à Força Aérea Israelense havia quatro anos, e apesar de ter sido desenhado como um caça de superioridade aérea, tinha plena capacidade de realizar missões de ataque ao solo. O avião possui um radar pulse doppler com capacidade look-down, shoot-down, podendo voar a sete metros do chão sem sofrer a interferência do solo, tanto em seu radar como no sistema de navegação a baixa altura. Sua suíte de armamentos era na época a melhor do mundo. Além disso, o F-15 possui dois motores (que, por não serem considerados totalmente confiáveis pelos israelenses, foram por estes mais tarde modificados). Havia muita dúvida dentro da Força Aérea Israelense quanto à capacidade de o Eagle ir a Bagdá e voltar. O Eagle comporta tanques adicionais na posição ventral debaixo da fuselagem ou em dois tanques subalares. Além disso, a aeronave pode ser adaptada com tanques especiais que são afixados ao exterior das naceles dos motores. Especialmente desenhados, esses tanques não aumentam o arrasto nem afetam a agilidade do avião, que tem o seu alcance virtualmente redobrado. 

McDonnell Douglas F-15 Eagle Israelense


No entanto, os F-15 israelenses foram entregues sem esses tanques. Não interessava ao Governo americano que os Eagles de Israel saíssem voando à vontade pelo Oriente Médio. Os israelenses acabariam por fabricar seus próprios tanques, mas naquele momento o alcance do avião estava comprometido. A escolha acabou sendo feita por exclusão. Com todas as outras aeronaves apresentando algum tipo de problema que dificultava sua ida ao Iraque, o ataque seria de responsabilidade dos F-16 chegados há pouco dos Estados Unidos. O Falcon era pequeno, ágil e difícil de localizar. De extrema precisão no ataque ao solo, era a única aeronave capaz de carregar as bombas MK 84 até o alvo e retomar para casa sem precisar de reabastecimento.



Sinal Verde:

Em 2 de julho de 1980, chegaram a Israel os primeiros quatro F-16 Fighting Falcon trazidos por pilotos americanos. Em novembro, dezoito caças F-16A/B já haviam chegado e o primeiro esquadrão foi ativado. Logo o segundo esquadrão começava a ser ativado, recebendo como núcleo os quatro pilotos restantes dos oito enviados aos Estados Unidos para receber treinamento de conversão para o tipo. Mal chegaram a Israel, esses pilotos iniciaram treinamento de ataque contra alvos no solo, localizados a grandes distâncias na península do Sinai. O F-16, a despeito de suas excepcionais características, apresentava algumas desvantagens. Em primeiro lugar, por ser uma aeronave nova na Força Aérea Israelense, seu envelope de vôo e perfil de missão não haviam sido completamente analisados. Isso ocorria não apenas na Força Aérea Israelense, mas em todo o mundo, uma vez que o F-16 ainda não tinha sido utilizado exaustivamente para que se soubesse a fundo suas reais capacidades. Em combate, por exemplo, ele nunca havia sido provado. Ao contrário do Phantom e do Eagle, o F-16 tinha apenas um motor, o que poderia reduzir sua capacidade de sobrevivência sobre o território inimigo. Apesar de os treinamentos de ataque a alvos longínquos serem tocados em ritmo acelerado, apenas os comandantes dos dois esquadrões sabiam o verdadeiro objetivo dos exercícios. A missão estava sendo mantida em segredo absoluto. Juntamente com os F-16, participariam da missão caças F-15, que cuidariam da defesa do pacote de ataque contra os interceptadores inimigos, além de eliminar a defesa eletrônica iraquiana com seus sistemas interferi dores. Comenta-se que, de alguma maneira, os israelenses conseguiram com os americanos imagens de satélite da área do reator, e no dia 23 de agosto ocorreu o primeiro ataque simulado com o perfil da missão final. Dois meses e uma semana depois, com os pilotos já bastante adestrados, foi dado o sinal verde! Quase que imediatamente, começaram-se a desenhar os parâmetros da missão. A distância parecia ser o maior problema, uma vez que as missões usuais dos pilotos israelenses raramente superavam uma hora de vôo. Assim que suas boquilhas deixam o chão, eles já acionam o armamento, pois em menos de dois minutos podem estar em combate com MiGs.

Damasco está a apenas 68 milhas de Ramat David, uma das principais bases israelenses. No entanto, sem entender por que, os pilotos continuavam sendo adestrados para voarem longos períodos a baixa altura. Inicialmente, cogitou-se o uso de bombas inteligentes, as Rockwell GBU-15 que utilizam aletas estabilizadoras movidas por controle remoto e carregam uma pequena câmera de televisão no nariz. Uma vez lançada, ela é guiada pelo data-link até o alvo, o operador de armamento vendo da cabine traseira do caça-bombardeiro as imagens transmitidas desde o nariz da bomba. Com esse armamento, o avião não precisa ingressar na zona mais "quente" da defesa antiaérea, podendo lançar a bomba a distância. No entanto, a importância da missão fez com que os estrategistas israelenses optassem por bombas convencionais - ou "burras" -MK 84 de 2.000 libras (910 kg), uma vez que a experiência de seus pilotos e a confiabilidade desse armamento lhes pareciam mais convenientes. Afinal de contas, o F-16 era um avião inteligente. As bombas foram preparadas pêlos mecânicos minuciosamente. Qualquer mossa, rachadura, dobra ou imperfeição nas aletas poderia alterar o fluxo de ar durante sua traje-tória, causando um erro de até 10 (3,3m) ou 15 pés (5m). Além da confiabilidade, as MK 84 possuíam grande poder de destruição e poderiam ter suas espoletas ajustadas para uma ação instantânea ou retardada. Foram as bombas que finalmente definiram qual aeronave seria utilizada. Uma vez escolhido o armamento, era preciso decidir qual o ângulo de mergulho que produziria os melhores efeitos. Uma entrada rasante era a ideal, pois garantiria às aeronaves o melhor aproveitamento do fator surpresa.

No entanto, o formato da cúpula do reator descartava essa hipótese, uma vez que as bombas certamente ricocheteariam de suas bordas arredondadas explodindo inofensivamente do lado de fora da usina. Ângulos de 10°, 20°, 30° e 40° foram analisados, mas todos colocavam os aviões perigosamente dentro dos melhores envelopes dos mísseis e dos canhões antiaéreos iraquianos. Outra preocupação era o notável poder de destruição das bombas, que poderiam lançar estilhaços a centenas de metros de altura, colocando em risco as aeronaves subseqüentes. Após muita discussão, cálculos e testes, chegou-se à conclusão de que a missão tinha por objetivo primário a destruição do reator de Osirak. A segurança dos pilotos era o objetivo secundário. As bombas seriam lançadas de entre 30° e 45°. A fim de garantir que os aviões que viessem atrás lançassem suas bombas com total segurança, todas as espoletas seriam armadas para que só explodissem após a passagem do último avião. E, a fim de aumentar o efeito, explodiriam todas ao mesmo tempo. Essa medida também evitaria que, logo após as primeiras bombas, irrompesse uma gigantesca coluna de fumaça que certamente iria atrapalhar a pontaria dos aviões que viriam a seguir. O alvo "limpo" também possibilitaria que os aviões filmassem o ataque com suas câmeras, o que daria aos analistas da inteligência israelense excelente testemunho do resultado da missão. Nesse meio tempo, continuavam os treinamentos no deserto, os pilotos lançando bombas BDU 33 de 33 libras (15 kg) e realizando algumas passagens com as MK 84. Os F-16 israelenses tinham um peso máximo de decolagem de 35.400 libras (16.090 kg). Com o complemento da missão que previa as duas MK 84, chaff, fiares, mísseis Sidewinder, dois tanques subalares de 370 galões cada, além do combustível interno e o tanque ventral de 300 galões, teriam que decolar com 37.947 libras (17.248 kg) de peso, mais de 2.500 (l. 100 kg) além do peso máximo de decolagem. As aeronaves normalmente precisavam de l .800 pés (600 m) de pista para decolar. Partiriam para o Iraque usando 5.200 pés (l .730m) da pista de Etzion, caso, é claro, conseguissem tirar as rodas do chão. De acordo com os planejadores da missão, as aeronaves utilizariam muito combustível na ida voando baixo e carregados. No entanto, economizariam querosene na volta, quando viriam sem as bombas e sem os tanques, além de voarem numa altitude bem mais elevada. Pêlos cálculos, a missão era possível, mas isso sem contar com os MiGs! Oito bombas seriam necessárias para destruir o reator com toda a certeza.

Mas a missão era por demais importante para Israel. Seriam utilizados oito F-16 escoltados por seis F-15. Assim se dobrariam as chances de sucesso da missão. A data do ataque foi marcada para um domingo por motivos especiais. Os israelenses não desejavam deixar sob os escombros dezenas de trabalhadores franceses e italianos, apanhados de surpresa pelas bombas. Assim, escolheram o último dia da semana quando os técnicos ocidentais certamente estariam em casa descansando. O ataque seria realizado no final de tarde, a poucos minutos do pôr-do-sol. Isso não apenas garantiria aos atacantes o sol pelas costas durante a operação, como ajudaria na egressão, já que estariam cobertos pelo manto da noite. Na verdade, os técnicos europeus haviam resolvido adotar os costumes locais, que consideravam a sexta-feira o dia de descanso. Domingo era dia de trabalho normal. Acabou sendo a hora do ataque e não o dia da semana escolhido que evitou maiores baixas. Na sexta-feira, 5 de junho, os caças decolaram para a Base Aérea de Etzion. Foram lançados em pares durante todo o dia. Para qualquer observador não informado, as aeronaves estavam partindo para mais um vôo rotineiro. Uma vez em Etzion, os mecânicos apagaram todas as insígnias nacionais e bolachas de esquadrão que pudessem identificar as aeronaves caso fossem abatidas. Tudo estava pronto para o grande dia.


O Briefing:

Domingo, sete de junho de 1981. Os pilotos almoçaram mesmo sem fome, pois teriam que contar com reservas de energia para as próximas sete horas. Mesmo dentro da base, a segurança que cercava a sala de briefing era impressionante. Só entrava quem tinha algo a ver com a missão: os oito pilotos dos F-16, dois pilotos reserva que substituiriam algum dos titulares caso algo desse errado, os seis pilotos de F-15 do Esquadrão 133 responsáveis pela escolta, os dois tripulantes de um F-15 que faria a ponte-rádio orbitando alto sobre a Arábia Saudita, o comandante da Força Aérea e os quatro membros da equipe de planejamento da inteligência, inclusive seu chefe, o General AlufYehoshua Sagi. O primeiro a falar foi o meteoro que assinalou tempo bom em toda a rota com algumas concentrações de cúmulos sobre as montanhas. Apesar do céu azul, os pilotos encontrariam turbulência na ida devido às altas temperaturas do deserto. Caso fossem forçados a subir, foram avisados que a partir de 30.000 pés apareceriam as trilhas de condensação geradas por suas turbinas contra o azul do céu.

Em seguida foi a vez do General Sagi, que abriu o seu briefing mostrando mais fotos aéreas do complexo atômico com sua grande cúpula. Passou então a lembrar aos pilotos as principais características das armas antiaéreas que encontrariam sobre o alvo. O que mais o preocupava eram os interceptadores MiG 23 Flogger, com capacidade de atingir velocidades de 850 nós (l .572 km/h), o que lhes possibilitaria uma rápida aproximação e o uso de seus excelentes mísseis Apex. Olhando para os pilotos dos F-15, o general deixou bem claro que essa ameaça era sua responsabilidade prioritária. Os canhões antiaéreos eram do tipo ZSU-23-4 quádruplos capazes de disparar 400 tiros por minuto e cujos projéteis poderiam atingir os aviões cerca de sete segundos após serem disparados. Até 10.000 pés esses canhões são mortíferos, mas perdem precisão quando disparados contra alvos voando acima de 300 nós (555 km/h). Por essa razão, a ingressão para o ataque seria feita acima dessa velocidade. Além desses canhões, os pilotos certamente seriam alvejados por canhões de dois canos ZSU-57-2 de 57mm e com uma cadência de cerca de 100 tiros por minuto disparados visualmente entre 10.000 e 14.000 pés e por radar entre 15.000 e 20.000 pés da altura. Outro perigo vinha das baterias de mísseis SA-6 Gainful, com doze mísseis guiados cada um por radar e capazes de serem disparados isoladamente ou em salvas de três. Uma brigada inteira de SA-6 defendia a usina de Osirak. Como uma brigada iraquiana era composta de cinco baterias com doze mísseis cada, haveria cerca de 60 mísseis para os oito aviões.

O SA-6 não largava rastro de fumaça, lembrou o General Sagi, o que os tornaria difíceis de detectar a olho nu. Com uma velocidade duas vezes e meia maior que a do som, e uma cabeça explosiva de 80 quilos, esses mísseis podiam atingir uma aeronave de 30 a 12.000 metros de altitude. Era uma arma que os israelenses haviam aprendido a respeitar. Israel ainda não havia devolvido ao Egito a Península do Sinai e ainda fazia uso da Base de Etzion. Essa localidade não foi escolhida por estar mais próxima de Bagdá e sim por oferecer uma rota mais direta após a decolagem, passando pelo caminho escolhido. Os israelenses haviam descoberto uma espécie de "trilha" livre da ação dos radares jordani anos e sauditas, que ia de Etzion até o alvo. A única preocupação dos planejadores eram os aviões AWACS sauditas operados por oficiais da USAF, que, no entanto, voavam cerca de 300 ou 400 milhas ao sul. Como seus radares possuem cerca de 300 milhas de alcance e seu interesse se concentrava no Golfo Pérsico do lado oposto à rota de ingressão, os israelenses sabiam que haveria pouca chance de aparecerem nas telas daqueles aviões. Sabiam também que só havia um AWACS em vôo de cada vez. Caso tivessem problemas com os motores durante qualquer momento da missão, os pilotos foram instruídos para efetuar uma subida brusca de cerca de 100 pés antes de ejetarem. A inércia do avião faria com que esses 100 pés se transformassem em cerca de 500,o que daria grande segurança à ejeção. Como os radares de busca inimigos davam uma "varrida" a cada 12 segundos, só acusariam um único sinal, o que provavelmente aparentaria um erro do equipamento. Assim que seus pés tocassem o solo, deviam beber um pouco de água e esconder os pára-quedas sob a areia. Em seguida, deveriam esperar o anoitecer antes de ativar qualquer sinal de emergência ou os seus sinalizadores PRC-90. Essa medida permitiria ao resto da força atingir o alvo e sair de lá antes que fosse dado o alerta. 


Rumo a Bagdá:

Eram 14:00 zuiu quando as quatro caminhonetes carregando os pilotos chegaram aos hangares sob os quais estavam estacionadas as aeronaves. Os mecânicos já sabiam que estavam vivenciando algo importante pelas feições sérias dos aviadores que se dirigiam aos caças. Os F-15 haviam sido armados com quatro mísseis ar-ar Shafrir de guiagem infravermelha, além de quatro mísseis Sparrow guiados por radar. Entre eles, carregavam mísseis suficientes para atingir 48 aviões inimigos. Além disso, levavam 512 projéteis de 20mm para seus canhões. O combustível não seria um problema, uma vez que técnicos israelenses haviam adaptado tanques especiais às naceles dos motores, o que garantiria aos P-15 Eagie, o combustível necessário para realizar a missão. Como não havia mísseis AIM-9L Sidewinder em quantidade, estes foram acoplados às pontas das asas dos F-16 para defendê-los de ataques dos MiGs inimigos. Tudo estava pronto, mas já com os aviões aquecendo as turbinas e acertando os sistemas de navegação, o líder da segunda esquadrilha detectou uma pane em seu sistema eletrônico. Sem perder tempo, correu para uma das aeronaves de reserva e iniciou os procedimentos de partida. Faltavam 20 minutos para a decolagem. Com sete minutos, os caminhões de combustível se aproximaram dos jatos e começaram a fazer o reabastecimento hot (com os motores girando). Durante o aquecimento, as aeronaves haviam queimado 140 litros de combustível que poderiam fazer diferença no caminho de volta. Eram 15:55 zulu. Com um sinal do líder as oito aeronaves rolaram lentamente para a posição de decolagem. A última providência foi tomada pelas equipes de armamento que realizaram os últimos checks nos aviões antes de remover as fitas de segurança das bombas, segurando-as no ar para que ficassem bem visíveis aos pilotos de cada aeronave.

O líder acionou o motor e quando o seu Falcon parecia querer saltar para a frente soltou os freios. A pista parecia não mais acabar, e com 5.200 pés (1.730m) finalmente começou a se erguer rumo aos céus. Estavam certos engenheiros e os pilotos de prova que haviam analisado as aeronaves sob todos os aspectos, o F-16 conseguia voar com tanto peso. Após a decolagem, os aviões realizaram uma curva lenta para o sul agrupando-se o mais rápido possível. Rumaram 25 milhas para o sul a fim de atravessar o Golfo de Aqaba, longe da costa jordaniana. As aeronaves voando a 91 metros do solo tiveram que seguir as montanhas que bordeavam o golfo, voltando para a altura das árvores uma vez sobre as águas azuis que separavam o Sinai da Arábia Saudita. Há quem diga que, nesse momento, a formação sobrevoou o iate real do Rei Hussein da Jordânia. O soberano hachemita, reconhecido como excelente piloto, não demorou muito para adivinhar o alvo daqueles aviões e rapidamente alertou seu estado-maior, recomendando que transmitissem com urgência o aviso para o Iraque. Por alguma razão, a mensagem não chegou a Bagdá. Existem versões que culpam a cadeia de comando de um dos dois países, e há outras que afirmam que o oficial com quem o rei falou ao telefone era um agente do setor de contra-medidas eletrônicas israelense, fazendo-se passar por oficial da Força Aérea Jordaniana. Não importa qual a verdadeira versão, a verdade é que um momento crucial que poderia pôr tudo a perder acabou não influindo no resultado da missão.

A formação estava pronta para penetrar o espaço aéreo saudita ao sul de Haql, um aeródromo abandonado perto da vila de Al Humaydan. As montanhas da região atingem l .860 metros, mas a formação de caças voava entre os desfiladeiros para evitar manobras de subida e descida, economizar combustível e esconder-se do radar. Durante sete minutos, os aviões israelenses voaram através das 40 milhas de montanha antes de chegarem ao deserto. Uma vez sobre a vasta expansão de areia e pedra, os F-16 e sua escolta voltaram a abraçar o chão. Quarenta milhas mais tarde, sobrevoaram a estrada que ligava o sul da Jordânia à base saudita de Tabuk. Esse setor da rota era extremamente perigoso, visto que os sauditas possuíam interceptadores na região e ocasionalmente realizavam patrulhas na área.

Os Falcon voavam a 360 nós (667 km/h), mas à medida que perdiam combustível e ficavam mais leves, diminuíam a velocidade. De repente, como se fosse um trovão em seus ouvidos, a palavra "Charlie" ecoou nos fones das 14 aeronaves, no F-15 de retransmissão rádio, no E-2C e nos CH-53 e KC-130 que rumavam para Bagdá, no Boeing 707 de controle e no solo, em Israel. O primeiro ponto de passagem havia sido deixado para trás. Pouco à frente os pilotos começaram a olhar para seus indicadores de combustível. Os tanques subalares estavam quase secos, e rapidamente chegava a hora de alijá-los. O líder puxou a alavanca de alijamento ao mesmo tempo que deitava levemente a asa esquerda. Sem nenhum problema os tanques de 110 quilos se soltaram e foram cair no deserto. Nos 60 quilômetros seguintes, todos os tanques foram deixados para trás à medida que se esgotava o combustível de cada um deles. "Zebra" foi chamado e os aviões logo cruzaram a fronteira iraquiana. Com 34 litros de querosene queimando por minuto, o líder acertou o rumo, o deserto corria debaixo dos caças como se estivesse tremendo. Finalmente, o líder da missão pôde chamar "Duna amarela", faltava pouco para o alvo. A velocidade cresceu para 390 nós (720 km/h). De repente o grande lago apareceu debaixo da formação, mas algo estava errado! Esse lago não tinha uma ilha no centro, o qual segundo o briefing em Israel, deveria ser o marco dominante sobre as águas azuis de Bahr ai Milh. O sangue dos pilotos gelou. Faltavam dez minutos para o ataque.

E-2C Israelense

Os CH-53 Israelenses estavam preparados para as missões SAR.

O líder olhou em volta. As estradas correspondiam ao mapa, a pequena cidade com uma torre à esquerda deveria ser Al Mardh, e a vila à esquerda certamente seria Ar Rahhaliyah. Olhando mais uma vez para o marcador no HUD, o líder da formação percebeu que ele assinalava um ponto de águas rasas de um azul mais claro, enlameado. As chuvas haviam causado uma inundação e o lago estava submerso! Eles haviam chegado na posição exata para lançar o ataque! Um leve toque no manche mudou seu rumo em direção a Osirak, 60 milhas dali. Os pilotos acionaram seus radares escaneando o céu por 30 e 40 milhas a fim de procurar qualquer interceptador na tela dos radares. O chaff, que seria usado na corrida final para o alvo, seria acionado automaticamente de dois em dois segundos e em pacotes. Vinte desses pacotes seriam lançados no momento em que ganhassem altura para iniciar o ataque, e os dez restantes seriam utilizados na evasiva. Os aviões da primeira esquadrilha se agruparam em dois pares e aumentaram a velocidade para 480 nós (888 km/h). Nesse exato momento, dois F-15 acenderam seus PCs e saltaram para 20.000 pés (6600m), onde se colocariam formando uma barreira entre a rota dos F-16 e os aeródromos de Al Taqaddum e Habbaniya, 56 quilômetros ao norte. Os caças puseram seus radares de stand-by para transmitir a fim de encontrar os MiGs o mais rápido possível. Se localizassem as aeronaves inimigas decolando, teriam alvos perfeitos. Os F-15 da direita curvaram para o lado formando a patrulha aérea de combate perto da base gigante de Ubaydah Bin ai Jarrah na beira do Tigre a 126 quilômetros. Os F-15 da retaguarda atrasaram um pouco e se posicionaram sobre formação, onde ficariam de olho nos Falcons e nas bases metropolitanas de Resheed, Muthenna e do Aeroporto Internacional. Faltavam apenas 29 quilômetros para o alvo. Os pilotos já conseguiam ver a cúpula do reator brilhando no céu do entardecer. Quando faltavam seis quilômetros para o alvo, os F-16 acionaram os pós-combustão em seqüência e puxaram seus manches para trás. Subiam feito foguetes até os 5.000 pés. Uma vez no ápice da subida, os pilotos giravam seus aviões em volta de seus eixos, desligavam o PC e se lançavam na rampa de ataque.

O líder mergulhou com 38°, rápido como um raio. Com o canto do olho checou seu RWR, mas não notou nenhuma atividade na tela, nem MiGs nem mísseis. Logo atrás, seu ala repetia a manobra e, ao atingir 4.000 pés ( l .300m), largou suas bombas. Recuperando com 4 G, os pilotos ainda conseguiram olhar para trás e ver suas bombas fazendo furos na redoma da usina. Eram 17:35 zulu. Os IFF foram rapidamente ligados e os dois primeiros caças trataram de sair o mais rápido da área de perigo. 

Vídeo do HUD do F-16 Israelense líder da formação durante o ataque o Reator de Osirak em 1981.

A segunda dupla ganhou altura no balsing e mergulhou para o ataque. Os pilotos viram a cúpula semidestruída e colocaram suas bombas no mesmo lugar que o primeiro elemento. Pequenos pipocos cinzentos começavam a aparecer em volta das aeronaves. A antiaérea iraquiana começava a ganhar vida. Logo o céu estava cheio de explosões pretas e cinzentas, o caminho ficaria mais difícil para os que vinham atrás. No entanto, nenhuma das baterias de canhões ZSU-23-4 havia conseguido esquentar seus sistemas a tempo e os artilheiros atiravam a esmo manualmente. Havia muita ação mas com pouca precisão. Nenhum aviso de lançamento de mísseis foi acusado pêlos sistemas de alerta a bordo dos caças israelenses. O ataque havia apanhado os inimigos de surpresa. Quando os dois últimos F-16 lançaram suas bombas sobre o alvo, tiveram que atravessar ofiak mais intenso, mas puderam "assistir de camarote" ao estrago causado pela passagem dos três elementos anteriores. Em dois minutos, o reator nuclear de Osirak havia deixado de existir. A hora do ataque garantiu um número mínimo de vítimas, Damen Chaussepied, um técnico francês de 25 anos, encontrava-se dentro do prédio durante o ataque, tendo sido o único a morrer na explosão. Das 16 bombas lançadas sobre o reator,somente uma errou o "bingo", destruindo por sua vez a câmara de guiagem de nêutrons, e outra não explodiu. As aeronaves se reuniram a alguns quilômetros de Bagdá. Um a um começaram a chamar no rádio seus códigos, "Azul 3", "Azul 4", "5", "6", "Azul 7". Após alguma preocupação com o ferrolho, o líder chamou "Azul 8". Ao ouvir seu código, o mais jovem do grupo se lembrou de acionar o rádio, tranqüilizando a todos. Em cada missão da Força Aérea Israelense, um piloto é escolhido entre os mais jovens e inexperientes do esquadrão. Rapidamente, ele ganha a experiência necessária para realizar missões de alto nível. No ataque a Osirak não foi diferente. Com todas as aeronaves voltando para casa, o líder entrou na freqüência com a palavra-chave que avisava ao 707 de controle quantos aviões estariam voltando. Ao perceberem que a missão havia sido realizada e que todos estavam sãos e salvos, a tripulação do Boeing e as equipes de planejamento em terra começaram a comemorar. Nos F-16 os pilotos ainda teriam que sobrevoar território inimigo por algum tempo, e as preocupações ainda não haviam terminado. O líder consultou seu computador de vôo para calcular o vento de proa.


O meteorologista havia indicado 38.000 pés (12.650m) como a melhor altitude, apesar da alta possibilidade de deixarem rastros de condensação. Os aviões subiram até 40.000 pés ( 13,350m) onde ficariam livres da condensação podendo voar sem deixar marcas no céu. No entanto encontraram um forte vento de proa com 125 nós (231 km/h). Decidindo arriscar a detecção em vez de comprometer o combustível calculado para chegar em casa, os oito Falcons desceram até o nível 380 no qual voltariam para Etzion. Os F-15, com bastante combustível nos tanques, subiram até os 41.000 pés de onde protegeriam seus companheiros. Durante toda a missão, nenhuma aeronave inimiga sequer foi detectada, em 90 minutos. A força de ataque já avistava a cidade de Eilat e, um pouco além, a Base de Etzion. No solo, os mecânicos começaram a contar os pontos que apareciam no horizonte. Quando a contagem chegou a 14, os quepes começaram a voar. Os F-16 aterrissaram em Etzion e os F-15, na Base de Tel Nof. Todos os pilotos receberam ordens de taxiar na direção de hangares subterrâneos, mantendo o silêncio rádio.

O F-15 biplace que serviu de ponte-rádio pousou um pouco depois sem ter sido chamado uma única vez. Assim que seus aviões foram reabastecidos, os pilotos dos F-16 levaram seus caças para sua base em Ramat David. No caminho sobrevoaram quase todo o país em velocidade supersônica, fazendo tremer praticamente todas as janelas. Eles sabiam que não haveria cadeia naquele dia. Uma vez no solo em Ramat David, os pilotos deixaram seus F-16 para trás e entraram em um bimotor de transporte que os levaria para Tel Aviv,onde seriam debrifados. Trinta minutos depois já estavam chegando ao quartel-general da força aérea na grande cidade. Ao adentrarem o pequeno auditório superlotado com todo o pessoal de planejamento e apoio, os pilotos foram efusivamente aplaudidos, e meio sem graça passaram a responder a todas as perguntas do debriefing. A única dúvida que os oficiais generais tinham sobre toda a missão era o uso da palavra em código  "Alhambra", a única vez que os pilotos fizeram algo diferente do previsto. Essa teve que ser explicada.

Antes da missão, dois pilotos apostaram em seu resultado, dizendo um que apenas alguns voltariam, o outro que se salvariam todos. O perdedor pagaria o jantar de todos em um dos restaurantes mais caros de Tel Aviv, o Alhambra. Logo após a operação, essa palavra foi utilizada apenas para que o piloto perdedor soubesse que a aposta estava, naquele momento, sendo cobrada! O reide sobre Osirak foi perfeito. No relato acima faltam as histórias de terror, de grandes batalhas aéreas, de grandes perigos. Na realidade, o ataque a Osirak foi tão bem planejado que correu sem maiores percalços. Os técnicos da Força Aérea Americana demoraram alguns meses até acreditar que a missão foi realizada sem o reabastecimento em vôo. Os engenheiros da General Dynamics correram para suas pranchetas a fim de examinar se o F-16 era realmente capaz de ter executado a missão. Alguns jornais teimaram em dizer que as aeronaves haviam cruzado o espaço aéreo saudita agrupados para fazer passar ao radar uma imagem semelhante à de um vôo comercial. Outros diziam que os pilotos falaram em Árabe durante o vôo. A verdade é que o ataque a Osirak foi realizado com precisão e muito treinamento e utilizando armamentos convencionais. O reator estava em ruínas e, durante muitos anos, Israel ficaria livre de ataques nucleares.

Documentário do History Channel sobre o ataque.

Foto de 2002 durante um tour de jornalistas ao site do reator bombardeado em 1981 por Israel.


Ações secretas em terra:

Uma equipe do Commando Sayeret Shaldag da Força Aérea foi infiltrado no Iraque por helicóptero de CH-53 e esperou próximo do alvo pelos caças F-16 israelenses. Também na área havia um agente do Mossad que colocou uma baliza de navegação para os jatos. Quando os aviões chegaram a equipe do Shaldag ajudou os pilotos a mirarem no alvo e proveram a Avaliação de Dano de Bombardeio (Bombardment Damage Assessment-BDA). Depois do bombardeio, a equipe foi extraída para Israel por um CH-53. Com ajuda de seis F-15, provendo cobertura para o CH53 e os F-16, todos os israelenses saíram da cena do ataque. É importante destacar que o Sayeret Shaldag não usou no ataque como é sua especialidade, designadores laser, visto que as bombas eram bombas desprovidas de kits de dircionamento.


Aeronaves:

906 Sikorsky CH-53A Yasur 2025 (S-65A) (cn 65-151) Israel - Air Force
Beersheba - Hatzerim (LLHB) -  Israel, July 28, 2010.


107 General Dynamics F-16A Netz (401) (cn 6V-4) Israel - Air Force
 Tel-Nof - Ekron (LLEK) - Israel, April 25, 2012.


281 General Dynamics F-16A Netz (401) (cn 6V-58) Israel - Air Force

Nevatim Air Base - LLNV - Israel, March 27, 2008.

229 McDonnell Douglas F-4E Super Phantom  (cn 2594) Israel - Air Force

Beersheba - Hatzerim (LLHB) - Israel, December 29, 2011.

309 McDonnell Douglas A-4N Skyhawk II (Aa-it) Israel - Air Force
Ramat David (LLRD) - Israel, April 26, 2012.

 436/4X-FBW  Lockheed KC-130H Hercules (L-382) (Karnaf) (cn 382-4686) Israel - Air Force
Ostrava - Mosnov (OSR / LKMT) - Czech Republic, September 26, 2011.




McDonnell Douglas F-4 Phantom II

IAI Kfir




Referências:

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